segunda-feira, 22 de abril de 2013
É engraçada a forma de esconder
O jeito como esconde os trejeitos
Chega a dar certa nostalgia
Da ligeira vontade de agir
Que fora substituída pela opressão do opressor.
É chato quando criança ter de ser forte
Bancar a racional quando menina
Brincar de proteger quem ama
Ser sensata e brava
E ainda por cima, ser criticada pelos quilos acima do peso estipulado pela mídia.
É chato fazer escritas
Depois reler, sentir vergonha de ser quem foi
Deletar aquilo de qualquer forma
Para ninguém correr o risco de ver
E conhecer aquela menina do seu passado inferior.
É chato amar cantar, ler e algo mais sem receber jamais o endosso para persistir no que se faz
É duro ter de cantar canções calada
Compor no escuro chorando tristezas do penar
Quando o mais que se quer é gritar aos quatro ventos.
É ruim, é triste pagar pelo erro alheio
Sofrer o erro do outro
Perder o futuro ansiado
Por nada, por ninguém.
Ao menos,
É bom saber que com isso,
Cresceu.
Tudo que és, deve-se ao que passou
Portanto há gratidão à vida, ao que lhe fora permitido de viver-se dela.
Mas que É engraçado, é
A forma como a vida vai vindo e tudo vai partindo
Tudo se esvai enquanto a noite cai
E o Sol logo chega e tem de partir
Para dar às estrelas a chance de sair.
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