Sou marcada por presença onisciente de contrapontos. A todo momento pego-me pensando em disparidades. Nem sempre são coisas tão medíocres. Tenho o costume de querer ser profunda. Mesmo que não pareça. Acho que parece. Mas enfim, não é esse o caminho que anseio dar ao texto. Hoje, noite de domingo. Estou sentada no sofá, fazendo nada. Enquanto isso, a vida me pede pra levantar e sacudir a poeira. Dar um rumo na vida. Mas eu, confusa como só, ao menos sei o que usar para a limpeza. Na realidade, a necessidade da limpeza tá tão grave, que precisa é de um descarrego. Pois bem, sou tão covarde, que escondo as coisas que escrevo de tudo e de todos. Faço blogs incessantemente. Não dou atenção devida a eles. Passado um tempo, leio as antigas postagens, tenho vergonha do que fora produzido. Deleto. Simples assim. Minha presença reflete o medo. Não se porquê. Mas imagino. E como imagino! Imagino até demais. Sonho. Iludo minha alma. Iludo o meu ser. Devo ser sadomasoquista. Provoco minhas dores incessantemente. Só há uma explicação para isso. Deve ser que eu gosto, inconscientemente. Porque conscientemente, eu não sinto nenhum apreço. Na verdade, sinto desprezo. Eu sou marcada por descompassos. Por vontades mal dadas, mal acabadas, não acabadas. Sou presença do correto com o insensato. Sou presença da sensatez com o incorreto. Sou pluma flamejante. Sou um eu que não se conhece. Sou marcada pelo desconhecido ato de simplesmente ser.
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