segunda-feira, 24 de junho de 2013

Sabe aquele amigo do peito?

Aquele que você pensa, sente, que conhece há muito tempo.
Aquele você muito quer bem.
Aquele com quem você faz de tudo para ajudar.
Aquele ao qual você sempre está a postos a ouvir, aconselhar e acompanhar...

Aquele que você ama, que você não cobra.

E que por isso, fica acomodado a não te perceber.

E você continua não cobrando.

Porque isso para você não importa.
Para você o amor transpassa a reciprocidade.

Mas que isso faz com que ele passe a não mais te conhecer.
Afinal, ele pensa que te conhece, mas não te escuta quando você precisa.
Doravante, amanhã você muda mais um pouquinho.
E amanhã mais um pouco
Em um ano, você já é um mutante, e...
Ele nem percebe...

Aquele amigo nem percebe.
Agora, você continua a postos.
Mas por não falar tanto de si, ele passa a sentir-se menos confortável a aporrinhar-te com as tuas mazelas.

E agora ele está entrando no mesmo caminho que é seu.

O amor persiste.
O amor pra sempre será eterno e gigantesco.
A atenção persiste.
Mas já não é uma atenção tão atenta ao todo.
O amor existe.
O amor não cobra.

E os caminhos são assim mesmo.
Quando passam a ser muito distantes, começam a trilhar caminhos diferentes
Por vezes, tão diferentes ao ponto de um não entender a rota do outro.

Mas sempre se ligam, e querem ajudar um ao outro...
Mesmo sem entender, mesmo sem mais conhecer, mesmo que nada possa fazer...


Isso é amor.
Isso é real.
Isso é eterno.
Isso é celeste.
Isso é divino.

Nenhum comentário:

Postar um comentário